viernes, 6 de mayo de 2016

China y Rusia inician grandes maniobras militares


China y Rusia han inciado unas grandes maniobras militares. Su objetivo: las tropas rusas y chinas deben aprender a reaccionar frente a eventuales ataques provocadores con misiles, anunciaron los dos Ministerios de Defensa, que precisaron que tales ejercicios no van dirigidos contra ninguna tercera parte.

Sin embargo, Washington ha comprendido al mensaje. Moscú y Pekín muestran sus capacidades para disuadir a EEUU de desplegar su sistema antimisiles en la Península Coreana.

Los dos países se ha manifestado claramente contra el despliegue del sistema llamado THAAD y que está dirigido teóricamente contra los misiles norcoreanos, pero que en realidad busca abatir misiles nucleares rusos y chinos.

EEUU quiere también desplegar un sistema antimisiles en Europa Oriental, con el pretexto de contrarrestar los misiles de Irán, pero que está dirigido claramente contra Rusia.

"Este despliegue afectará directamente a la seguridad estratégica de China y de Rusia", señaló el ministro chino de Exteriores, Wang Yi, durante un encuentro con su homólogo ruso.

Rusia y China han creado también la llamada Organización de Cooperación de Shanghai con el fin de mantener a raya la influencia de EEUU en Asia Central.

EEUU ha desplegado tropas en Europa Oriental y bases en las cercanías de China con el fin de rodear ambos países. Sin embargo, una alianza chino-rusa crearía una fuerza política, económica y militar a la que EEUU no podría hacer frente.

Moscú y Pekín elogian cooperación estratégica


Por otro lado, este viernes el presidente de la Duma de Estado de Rusia, Serguéi Narishkin, dijo que Moscú evalúa de forma positiva el nivel del desarrollo de la cooperación estratégica con China durante una reunión con la viceprimera ministra de China, Liu Yandong, en la ciudad de Shenzhen.

"Valoramos muy positivamente el nivel de desarrollo de la cooperación estratégica entre nuestros países; vemos esta colaboración como uno de los factores globales que determinan la seguridad y la estabilidad de la Cuenca del Pacífico y de todo el mundo", dijo.

Por su parte, la vice primera ministra china anunció que la intención de su país de profundizar la cooperación estratégica con Rusia se mantendrá incluso en caso de cambios en la situación internacional.

"Incluso si cambiara la situación internacional, no cambiaremos nuestra intención de reforzar y profundizar la colaboración estratégica bilateral, así como de lograr el desarrollo conjunto y la prosperidad, de proteger la justicia internacional, la paz y la estabilidad en todo el mundo", indicó.

jueves, 5 de mayo de 2016

Brasil: Chega de lágrimas; é hora da força!


Chega de lágrimas! A América Latina chora sem parar, sem parar, há anos, décadas, séculos. O povo da América Latina foi roubado de tudo desde os dias de Colombo, desde Potosi. Dezenas de milhões, talvez centenas de milhões foram massacrados aqui, nos últimos 20 séculos: primeiro, pelos 'conquistadores'; depois por seus descendentes e servos; e, afinal, pelo Império da Mentira e pelas traiçoeiras "elites" locais.

Chega de lágrimas, camaradas! É hora de usar a força.

Em todos os casos em que o povo levantou-se na América Latina, sempre que os reais heróis latino-americanos libertaram a própria terra, por argumentos ou pela força, quase imediatamente depois começou o banho de sangue, chegado do outro lado do mar, ou vindo do norte. Tanques rolaram pelas avenidas e praças, aviões e helicópteros de combate semearam bombas e tiros contra palácios presidenciais, e pelo interior do país. Gente foi caçada como bicho, arrastada para estádios-prisões e fábricas-prisões, para buracos cavados no chão e ali homens e mulheres e crianças foram violados, torturados e massacrados.

Essa é a democracia deles! Obrigado, mas, basta dela!

Por que todos esses horrores aconteceram? Porque sempre há consenso claro entre os governantes em Washington, em quase todas as capitais europeias e nas classes dominantes por toda a América Latina: os latinos brotam por aqui para servir ao Ocidente, sempre governados do Norte para baixo. Se algum país latino resolve agir "irresponsavelmente" (parafraseando Henry Kissinger), logo tinha de ser relembrado do seu devido lugar: cabia-lhe por direito deixar-se espatifar em cacos, afogado no próprio sangue e completa, totalmente reduzido à humilhação extrema.

Foi o tratamento aplicado incontáveis vezes, virtualmente por todo o continente – da República Dominicana ao Chile, do Brasil à Nicarágua.

*****

Mas nos últimos vinte anos as coisas mudaram.

A Venezuela levantou-se. Rugiu, fechou os punhos e venceu, o que disparou arrepios de esperança por todos os cantos do mundo. É possível! A Venezuela fez! Pode ser feito, carajo! O povo boliviano gritou em voz clara, indignada e bela: essa terra é nossa, essas são nossas cores indígenas; é nosso ar; a água é nossa! E lutaram. Morreram alguns, mas a nação venceu. O Equador ergueu-se dos joelhos, mudou a vida de milhões de seres humanos que, da vida, só conheciam a opressão. A Argentina recusou-se a pagar dívida injusta, e, em vez de submeter-se, tentou construir uma sociedade justa e socialista. O Chile, passo a passo, vinha superando o legado macabro dos anos Pinochet – e pôs afinal na prisão os responsáveis pelo estupro do país.

Por várias diferentes vias (do modo calmo e lento à moda Uruguai, à via da revolução militar que a Venezuela escolheu), um continente que já fora rachado pela mais escandalosa desigualdade social de todo o planeta gradualmente ressuscitou. Que belo mosaico! De repente, romperam-se as algemas, que foram jogadas nas máquinas de fundição, e convertidas em arados e fundações sólidas para novos hospitais e escolas.


*****

E como esquecer do Brasil?

Dilma Rousseff – digam o que disserem seus inimigos, diga o que disser o Império na velha eterna lenga-lenga tóxica, cínica – e o Partido dos Trabalhadores, PT, mudaram absolutamente tudo!

Há bem poucos meses, ano passado (2015), viajei pela vasta, bela terra do Brasil: de Brasília, capital, às profundezas da floresta tropical, perto de Manaus. Da antiga cidade portuária de Belém, a Recife, Fortaleza e Salvador na Bahia; passei dias ouvindo o povo de São Paulo e, depois, do interior do estado.

Já conhecia o Brasil de 20, 30 anos atrás. Mas o que vi em 2015 era absolutamente outro país!

Sentei com professores das chamadas escolas-barco [escolas flutuantes] na Amazônia. Falaram dos progressos e da esperança que chegara até às comunidades indígenas mais remotas. Falei com pescadores, mães chefes de família, até com contrabandistas. Conversei com as crianças. A vida mudou mesmo desde que Lula começou a governar? Mudou. Claro que mudou. Quem duvida? Quem poderia negar?!

Estive em favelas de Salvador, Bahia. Como na Venezuela, em todos os bairros pobres viam-se os efeitos dos mais variados programas construídos para eliminar a miséria e a desigualdade, muito otimismo, militância ativa.

A infraestrutura melhorava à velocidade da luz, do transporte público aos aeroportos. Em muitas cidades, arte da melhor qualidade oferecida gratuitamente ao povo. Em Manaus, assisti a uma brilhante montagem de balé contemporâneo, que mostrava a luta das pessoas para salvar o meio ambiente da própria terra. Até aquele espantoso prédio da Ópera de Manaus, onde Caruso se apresentava nos idos tempos do boom da borracha, apresentava espetáculos gratuitos para a população. E em Belém também assisti arte de graça, dessa vez uma ópera de Verdi, num teatro municipal fabulosamente restaurado.

Antes cidade desesperançada e perigosa, Belém foi convertida em cidade de amplos espaços públicos, praças, bulevares e incontáveis apresentações de arte e atividades de promoção da cultura.

Em Salvador, Bahia, perto do famoso elevador, encontrei outro centro cultural, que naquele momento estava ocupado por manifestantes que exigiam mais atenção pública à saúde no Brasil.

Perguntei: "Mas a saúde pública gratuita não melhorou no Brasil nos anos recentes?"

"Melhorou" – disseram-me os organizadores da ação. – "Mas queremos que melhore muito mais!"

O local gigantesco onde os manifestantes reuniam-se é espaço absolutamente público. Ninguém precisava pagar para usar o espaço. Praticamente, como se o governo Dilma realmente pagasse para que manifestantes apresentassem seu protesto e críticas das próprias políticas do estado brasileiro. "Vejam, essa é a democracia que queremos".

*****

Quanto mais as coisas melhoraram, mais violentos os surtos das 'elites' da 'oposição'. Centenas de ONGs, algumas patrocinadas 'de fora', puseram-se a coordenar campanhas de desinformação e agitação, com o objetivo de desacreditar o governo e desestabilizar o país.

Antes, eu já vira os mesmos 'eventos' no Equador, Venezuela, Argentina e noutros pontos. Praticamente todos os veículos das mídias de massa já estavam continuam em mãos de conglomerados de extrema direita. O dinheiro sempre chovia desavergonhadamente de todos os lados, comprando votos. Resultado, uma ninhada maldita de políticos de direita, corruptos, continua sempre a inundar literalmente o Congresso.

Num dado momento, o imenso paradoxo tornou-se insustentável; alguma coisa teria de acontecer:

– Por um lado (e apesar do declínio econômico recente), o Brasil crescia e estava melhorando significativamente as condições de vida do povo mais pobre.

Graças a Dilma e ao Partido dos Trabalhadores, dezenas de milhões vivem hoje melhor q antes, a expectativa de vida aumentou e o estado oferece educação de melhor qualidade. Sempre que fiz perguntas claras e diretas às pessoas na rua, as respostas confirmaram precisamente esses dados oficiais.

– Por outro lado, mais e mais vozes de cidadãos brasileiros passaram a 'declarar' que "Fora Dilma".

Não há lógica alguma que conecte esses dois movimento. Exceto que as incansáveis campanhas contra, com ou sem motivo real; a manipulação maquiavélica e a desavergonhada propaganda anti-esquerda, estavam afinal mexendo, sim, com a cabeça dos brasileiros!



Os brasileiros foram induzidos a mergulhar num 'pensamento' bizarro, de fato, irracional: "O Brasil está melhor que nunca, mas ninguém 'gosta' das forças políticas que estão melhorando a vida da gente."

Um dia, no novo e luzente metro de São Paulo, com meu bom amigo cubano, exclamei: "Mas... Esse metrô é melhor que qualquer sistema de transporte público em Londres ou Paris..."

"Você acha?!" – ele riu, sarcástico. – "Pois fique sabendo que o pessoal aqui acha q tudo é totalmente uma merda. Só ouvem, leem, repetem, propaganda contra. Qualquer coisa que o governo faça, é imediatamente apedrejado e criticado como o mal total."

Não se pode esquecer que tudo isso vem de fora. A propaganda é manufaturada longe do Brasil, e só calibrada em São Paulo, no Rio de Janeiro, onde for, para consumo local. Tudo aí é extremamente profissional, material potente, altamente destrutivo, e circula livremente em todos os países da América Latina. O objetivo é claro: pôr fim aos processos revolucionários em todo o continente. Proteger e preservar o status quo.

*****
Agora, o Congresso acolheu o pedido de impeachment da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.

Se a coisa for deixada como está, para avançar sem resistência, pode ser o começo do fim da cautelosa revolução brasileira, e do governo democrático do povo (os políticos corruptos que tentam hoje derrubar o governo Dilma absolutamente nada representam além das próprias ambições financeiras e autistas).

Mesmo na mídia-empresa ocidental houve alguns que não conseguiram manter o simulacro. O britânico Daily Mail escreveu dia 18/4/2016, logo depois da votação na Câmara de Deputados:

"A decisão foi mais um golpe numa líder política atacada ininterruptamente há muito tempo, que inúmeras vezes já disse que a ação contra ela é "golpe".

A presidenta Rousseff não tem contra ela nenhuma acusação de corrupção, diferente nisso de muitos dos deputados que decidiram o destino dela no domingo passado.

Congresso em Foco, prestigioso grupo jornalístico de jornalismo de investigação ativo em Brasília, disse que mais de 300 dos deputados que votaram – bem mais que a metade da Câmara – enfrentam acusações de corrupção e estão sendo investigados.

Ao votarem, alguns deputados disseram que o próximo a ser alvo de impeachment deve ser o homem que comandava a sessão, o presidente da Câmara Eduardo Cunha. É acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, no escândalo que envolve a Petrobras, e também é acusado de manter contas secretas em bancos suíços jamais declaradas ao fisco no Brasil.

‘Deus tenha misericórdia desse país' – disse Cunha, antes de declarar seu voto a favor de Rousseff ser impedida."

O que, afinal de contas, Dilma realmente fez, além de defender os interesses dos brasileiros mais pobres (defesa que, em si mesma, já é crime imperdoável aos olhos das 'elites' e do Império)?

As acusações 'oficiais' são: a presidenta teria usado 'truques contábeis' na administração do orçamento federal, para manter os gastos. Nada foi roubado. Nunca houve qualquer troca de favores, por dinheiro. Ninguém acusa a presidenta de corrupção.

Ainda que os 'truques contábeis' tivessem acontecido, não seria crime. Há quem diga que todos os presidentes do Brasil fizeram o mesmo, num ou noutro momento. Quase todos os políticos no ocidente fazem a mesma coisa, repetidas vezes.

Pouco antes de esse artigo estar concluído, o internacional The Daily Telegraph publicou: "Orçamento da OTAN só 'fechou' por manobras de 'contabilidade criativa'. Para cumprir os gastos autorizados para a Defesa, ministros tiveram de "modificar" algumas rotinas contábeis, disse um membro do Parlamento". Pois até agora não apareceu ninguém
interessado em cassar direitos da OTAN, por causa disso!

Nem o internacional New York Times conseguiu manter-se calado. Dia 21/4/2016, o jornal fustigou os deputados brasileiros, em coluna assinada por Celso Rocha de Barros

[ATENÇÃO: De fato, a coluna foi escrita por esse colunista da Folha de S.Paulo, com dois claros objetivos discursivos: (1) 'informar' os EUA de que "não é golpe" –, o meme que toda a mídia-empresa brasileira regida por Washington está repetindo lá e aqui; e (2) que o golpe (que não é golpe) seria 'movimento' necessário, para que [os tucanos] possam pôr "ordem na casa". Mas essas talvez sejam nuanças difíceis de perceber, para comentarista distante como nosso bom Andre Vltchek (NTs)].

Eis o que publicou o NYT, em coluna assinada por colunista da FSP:

"Na interminável sessão televisionada no domingo, membros do Congresso explicaram os 'motivos' pelos quais votavam a favor do impeachment: Votaram por "paz em Jerusalém", "pelos caminhneiros", "pela Maçonaria do Brasil" e "contra o comunismo que ameaça esse país". Poucos membros do Congresso consideraram, nos respectivos votos, as acusações que estão realmente sendo feitas contra a presidente: de que violou leis das finanças públicas (...). Mas a verdadeira razão pela qual a presidente está sendo impedida, é que o sistema político brasileiro está em ruínas. Afastada Dilma, haverá fumaça suficiente no ar, para que outros políticos consigam tentar pôr ordem na casa".

Ah, sim, que Deus tenha misericórdia do Brasil, se Cunha, ou o corrupto vice-presidente Michel Temer e sua coorte passarem a mão no poder! Ou, mais precisamente, que Deus tenha misericórdia da maioria engambelada do povo brasileiro!

Quem de fato é Cunha? É cristão fundamentalista, terrorista com raízes profundas no mais sinistro passado ditatorial da América Latina. O Guardian descreveu-o, dia 21/4/2-16, como o personagem Mr. Burns, do seriado norte-americano "The Simpsons" (...)


*****


O povo brasileiro elegeu democraticamente a presidenta Rousseff. Elegeu-a para que ela defendesse os mais pobres e melhorasse a vida de todos.

Nesse momento, a presidenta tem de pensar só nos brasileiros que a elegeram, só neles!

O que a 'oposição' quer obter é muito claro. É sempre o mesmo em todos os países da região: na Venezuela, na Bolívia e no Equador. A direita já foi bem-sucedida na Argentina, onde o presidente eleito já está desmontando o estado de bem-estar.

Essa gente tem de ser detida.

Os governos do Partido dos Trabalhadores dialogou com eles ao longo de meses, de anos. E eles optaram por esse golpe.

Agora, é hora de usar a força, na defesa dos mais fracos. Por feia que pareça a violência, e até por feia que seja, não agir agora será muito mais danoso e muito mais perigoso.

Um deputado, representante da extrema-direita, do Rio de Janeiro, disse abertamente que "dedico meu voto ao coronel que torturou [a presidenta] Dilma [Rousseff] nos anos da ditadura no Brasil. Gente desse tipo não pode governar o Brasil. Não outra vez!

A nação e a vontade do povo não são sacos de pancadas. E liberdade de imprensa não significa um punhado de veículos traiçoeiros aliados a políticos corruptos e traiçoeiros, a espalhar mentiras e ódio – ao mesmo tempo em que empurram o país para a ruína.

O Brasil é grande demais. Não pode se deixar derrubar, porque toda a América Latina depende do Brasil, de um modo ou de outro.

Presidenta Dilma, ponha seus tanques na rua. Estacione-os em frente ao Congresso. Restaure a ordem e restaure a democracia.

Lembrem: Venezuela, Bolívia e Equador e o resto de mundo a tudo assistem, de olhos postos no Brasil.

São mais de 500 anos, camarada Dilma: mais de 500 anos de tormento, saque, escravidão do povo latino-americano por invasores, tanto quanto pelas 'elites' locais. Diga aos inimigos do Brasil, diga aos inimigos da América Latina: "Nunca mais!"

Terá de ser feito pela força, porque o tempo dos argumentos já expirou. Não se renda.

Malditos sejam os golpistas! VIVA O BRASIL!


Por Andre Vltchek

La crisis brasileña y la geopolítica mundial


Sería erróneo pensar la crisis de Brasil sólo desde Brasil. Este está dentro del equilibrio de fuerzas mundiales en el ámbito de la llamada nueva guerra fría que involucra principalmente a Estados Unidos y a China. El espionaje norteamericano, como reveló Snowden, llegó hasta Petrobras, a las reservas del pre-sal (el segundo mayor yacimiento de […]

Sería erróneo pensar la crisis de Brasil sólo desde Brasil. Este está dentro del equilibrio de fuerzas mundiales en el ámbito de la llamada nueva guerra fría que involucra principalmente a Estados Unidos y a China. El espionaje norteamericano, como reveló Snowden, llegó hasta Petrobras, a las reservas del pre-sal (el segundo mayor yacimiento de gas y petróleo del mundo) y hasta a la presidenta Dilma. Forma parte de la estrategia del Pentágono de cubrir todos los espacios bajo el lema: «un solo mundo y un solo imperio». Veamos algunos puntos que nos ayudan a reflexionar.

En el contexto global hay una ascensión visible de la derecha en todo el mundo, comenzando por los mismos Estados Unidos y Europa. En América Latina se está cerrando un ciclo de gobiernos progresistas que elevaron el nivel social de los más pobres y afirmaron la democracia. Ahora están siendo asolados por una ola derechista que ha triunfado ya en Argentina y está presionando a todos los países suramericanos. Hablan, como en Brasil, de democracia, pero en realidad quieren volverla insignificante, para dar paso al mercado y a la internacionalización de la economía.

Brasil es el principal objetivo y el impeachment de la presidenta Dilma es sólo un capítulo de una estrategia global, especialmente de las grandes corporaciones y del sistema financiero articulado con los gobiernos centrales. Los grandes empresarios nacionales quieren volver a las ganancias que tenían con las políticas neoliberales anteriores a Lula. La oposición a Dilma y el apoyo a suimpeachment tienen un sesgo patronal. Fiesp con Skaf, Firjan, las Federaciones del Comercio de São Paulo, la Asociación Brasilera de la Industria Electrónica y Electrodomésticos (Abinee), entidades empresariales del Paraná, de Espírito Santo, de Pará y muchas redes empresariales están ya en campaña abierta a favor del impeachment y del fin del tipo de democracia social implantada por Lula-Dilma.

La estrategia ensayada contra la “Primavera árabe”, aplicada en Oriente Medio y ahora en Brasil y en América Latina en general, consiste en desestabilizar los gobiernos progresistas y alinearlos con las estrategias globales como socios agregados. Es sintomático que en marzo de 2014 Emy Shayo, analista del JB Morgan, coordinó una mesa redonda con publicitarios brasileros ligados a la macroeconomía neoliberal con el tema: «cómo desestabilizar el gobierno Dilma». Armínio Fraga, probable ministro de hacienda en un eventual gobierno pos-Dilma, viene del JB Morgan (cf. blog de Juárez Guimarães: “Por qué los patrones quieren el golpe”).
Noam Chomsky, Moniz Bandeira y otros, advirtieron que Estados Unidos no tolera que en el Atlántico Sur una potencia como Brasil tenga un proyecto de autonomía vinculado a los BRICS. Causa gran preocupación a la política exterior norteamericana la presencia creciente de China, su principal competidor, en varios países de América Latina, especialmente en Brasil. Hacer frente a otro antipoder que significan los BRICS implica atacar y debilitar a Brasil, uno de sus miembros con una riqueza ecológica sin igual.

Tal vez nuestro mejor analista de la política internacional, Luiz Alberto Moniz Bandeira, autor de La segunda Guerra Fría – geopolítica y dimensión estratégica de los Estados Unidos (Civilização Brasileira 2013) y el libro de este año El desorden internacional (de la misma editorial), nos ayude a entender los hechos. Él da detalles de cómo actúa Estados Unidos: «No es sólo la CIA… especialmente las ONGs financiadas con dinero oficial y semioficial –como la USAID, la National Endwoment for Democracy–, actúan comprando periodistas y entrenando activistas». “The Pentagon´s New Map for War & Peace” enuncia las formas de desestabilización económica y social a través de los medios de comunicación, periódicos, redes sociales, empresarios y de la infiltración de activistas.
Moniz Bandeira llega a afirmar: «no tengo duda de que en Brasil los periódicos están siendo subvencionados… ni de que hay periodistas en la lista de pagos de los órganos citados más arriba, y que muchos policías y comisarios reciben dinero de la CIA directamente en sus cuentas» (cf. Jornal GGN de Luis Nassif de 09/03/2016). Podemos imaginar cuáles serían esos periódicos, así como los nombres de algunos periodistas, totalmente alineados con la ideología desestabilizadora de sus patrones.

Especialmente el Pre-sal, está en el punto de mira de los intereses globales. El sociólogo Adalberto Cardoso de la UERJ en una entrevista a la Folha de São Paulo (26/04/2015) fue explícito: «Sería ingenuidad imaginar que no hay intereses internacionales y geopolíticos de norteamericanos, rusos, venezolanos, árabes. Sólo habría cambio en la Petrobras si hubiese una nueva elección y el PSDB ganase de nuevo. En ese caso, se acabaría el monopolio de explotación, las reglas cambiarían. El impeachment interesa a las fuerzas que quieren cambios en la empresa estatal de petróleo, Petrobras: grandes compañías de petróleo, agentes internacionales que ganan con la salida de la Petrobras de la explotación de petróleo. Parte de esos agentes quieren sacar a Dilma».

Estamos ante un pensamiento conspiratorio, pues ya sabemos cómo actuaron los norteamericanos en el golpe militar de 1964, infiltrados en los movimientos sociales y políticos. No sin razón la cuarta flota norteamericana del Atlántico Sur está cerca de nuestras aguas.

Debemos concienciarnos de nuestra importancia en el escenario mundial, resistir y buscar el fortalecimiento de nuestra democracia, que represente menos los intereses de las empresas, y represente más las demandas tan olvidadas de nuestro pueblo, y la construcción de nuestro propio camino rumbo al futuro.

Por Leonardo Boff

La diputada del Parlamento israelí Hanin Zoabi pide a los palestinos que se rebelen contra la Autoridad Palestina


Emotivamente la parlamentaria Zoabi condenó a la dirigencia palestina por "frustrar agresivamente la creación de una alternativa al statu quo, aún en Facebook”.

La controvertida diputada árabe-israelí Hanin Zoabi instó a los palestinos a rebelarse contra la Autoridad Palestina y protestar por su cooperación en la seguridad con Israel, informó el lunes el diario al-Quds al-Arabi con sede en Londres.

Hablando el domingo en su ciudad natal de Nazaret en un foro sobre un acuerdo de unidad nacional palestina, un documento escrito por dirigentes palestinos centrales, Zoabi alabó lo que ella define como "la adopción por parte de los palestinos de una actitud lúcida hacia Israel, después de entender que Israel no es un socio para la paz". Sin embargo, deliberadamente criticó a la dirección palestina por "frustrar agresivamente la creación de una alternativa al statu quo, incluso en Facebook", afirmando que lo hace porque se beneficia de la realidad actual.

Adhiriéndose al statu quo, dijo Zoabi, la Autoridad palestina facilita la opresión del pueblo palestino. "La pregunta es ¿cómo nos rebelamos contra esta autoridad? ¿Cómo podemos cambiarlo?", preguntó.

Zoabi describe con más detalle a la Autoridad Palestina como un "obstáculo que impide un cambio deseado que debe incluir al liderazgo y las bases".

La diputada declaró que su partido (Balad) ve a los árabes israelíes como parte del pueblo palestino.

Por lo tanto, agregó, "los palestinos deben consultar con los árabes israelíes para decidir cómo luchar contra la ocupación israelí".

¡La organización que promueve boicots contra Israel llegó a Uruguay!


El movimiento BDS llegó a Uruguay a partir del llamado de la Federación Uruguaya de Empleados de Comercios y Servicios (Fuecys) a no consumir productos israelíes

Entre el año 2005 y el 2007 nació un movimiento en el seno de la sociedad civil palestina que pronto habría de tomar escala global. BDS (Boicot, Desinversión y Sanciones), por sus siglas en inglés, surgió como una forma de protesta organizada hacia el Estado de Israel.

El movimiento persigue un objetivo fundamental: terminar con la "ocupación" y "colonización" de las "tierras árabes ocupadas desde 1967".

Para eso diseñó una estrategia que se basa en el siguiente cálculo: si Israel ve afectada su actividad económica mediante el boicot a productos israelíes, el desestímulo de la inversión y otras sanciones habrá de cambiar su política para con los palestinos. Al menos, tendrá menos posibilidades económicas de implementarla.

Así fue como el movimiento empezó a extenderse por Oriente y Occidente. En la actualidad la organización tiene una fuerte presencia en universidades de primera línea de Estados Unidos y Reino Unido.

BDS en Uruguay

El movimiento BDS llegó a Uruguay a partir del llamado de la Federación Uruguaya de Empleados de Comercios y Servicios (Fuecys) a no consumir productos israelíes, según consignó el diario El País. "Sí, el movimiento llegó a Uruguay", dijo a El Observador Ruben Elías, responsable de la Comisión de Apoyo al Pueblo Palestino en Uruguay.

El activista detalló que han mantenido reuniones con el sindicato y con otros representantes de la sociedad civil uruguaya para sumarlos al movimiento. De hecho, el pasado 19 de abril hubo un evento en la sala Maggiolo de la Universidad de la República titulado "Apartheid y campaña BDS", en el que disertaron Pedro Charbel, coordinador regional de BDS, y Mahmoud Nawajaa, coordinador general del Comité Nacional del Movimieto BDS.

El secretario de derechos humanos de Fuecys, Raúl Ferrando, dijo a El País que la medida que tomó el sindicato no está direccionada "al pueblo judío, sino que es contra el sionismo".

Este tipo de argumentos son los que comúnmente esgrimen quienes defienden este movimiento que está extendido por Estados Unidos y Europa. La decisión de boicotear productos israelíes fue tomada luego de una reunión entre la Mesa Representativa del Pit-Cnt y un comité continental de solidaridad con el pueblo palestino.

Sin embargo, representantes del Secretariado Ejecutivo de la central sindical desestimaron la medida. La decisión es exclusiva de Fuecys, que "tiene autonomía para resolver lo que entienda", dijo a El Observador Marcelo Abdala, secretario ejecutivo del Pit-Cnt.

El delegado sindical manifestó que en la central no se comparte la postura. "Respetamos la decisión de Fuecys pero eso no ha sido resuelto por el PIT-CNT", concluyó. La central emitió ayer una declaración en la que fijó su posición (ver recuadro).

Importaciones

En 2015, Israel se ubicó en el duodécimo puesto del ranking de destinos de exportación de Uruguay, y fue el 39º origen de importación, según el informe del instituto Uruguay xxi. Uruguay ha mantenido históricamente un saldo positivo en la balanza comercial con Israel. Uruguay le vende a Israel carne, arroz y productos del mar.

Israel, por su parte, exporta a Uruguay teléfonos, contadores de agua, insecticidas, sistemas de riego e instrumentos de medicina, entre otros productos.

En 2015, la importación de bienes israelíes a Uruguay sumó más de US$ 15 millones. Israel es uno de los pocos países que mantiene un tratado de libre comercio con el Mercosur.

PIT CNT se desmarca del boicot de Fuecys

El secretariado Ejecutivo del PIT-CNT aprobó ayer una declaración en la que expresó que "la línea de definición del PIT-CNT no incluye ni contempla boicot de tipo alguno en este tema". La central sindical señaló que los sindicatos "tienen total autonomía para efectuar declaraciones, emitir comunicados y otro tipo de acciones". De todas formas, reivindicó su posición de "solidaridad con el pueblo palestino y su lucha por el reconocimiento internacional de un Estado propio, libre y soberano" y condenó "las acciones ofensivas de las militares israelíes, así como la construcción de muros que separan a los pueblos". Además, rechazó "toda injerencia extranjera", así como "actos terroristas de cualquier origen".


Famoso escritor judío: Ocupación israelí es peor que el Apartheid


El escritor estadounidense de ascendencia judía Michael Chabon dice que la opresión israelí contra el pueblo palestino es peor que el sistema del Apartheid en Sudáfrica.

En una entrevista concedida a la agencia francesa de noticias AFP, Chabon ha afirmado este martes que se dio cuenta de “la verdadera naturaleza” de la ocupación israelí tras el viaje que realizó el pasado mes de abril, acompañado por otros autores estadounidenses, a los territorios ocupados palestinos.

"Parte de lo que lo hace especialmente horrible para mí y distinto del Apartheid es que lo están haciendo los judíos y yo soy judío", ha declarado a AFP por teléfono.

Asimismo, en otra entrevista otorgada a la publicación judía estadounidense The Forward, Chabon ha afirmado que la ocupación de los territorios palestinos por el régimen de Tel Aviv es la “injusticia más grave” que ha visto nunca.

“Que personas que pasaron por una persecución tan horrible y prolongada den semejante giro y finalmente opriman a otro pueblo a un nivel burocrático tal, es de alguna manera para mí mucho más desalentador que el Apartheid −por horrible que fuese el Apartheid− y con esto no intento minimizarlo”, ha subrayado.

Cabe señalar que las declaraciones del escritor judío-estadounidense, de 52 años de edad, han suscitado reacciones en Internet y críticas de los medios de comunicación de la derecha israelí.

De acuerdo con las fuentes, Chabon no empezó a preocuparse por la ocupación israelí hasta que su esposa, la judía Ayelet Waldman, viajó a los territorios palestinos hace dos años. Este viaje "le abrió los ojos" a ella, también escritora, ha explicado Chabon.

Él y su esposa publicarán un libro escrito por 25 prominentes escritores estadounidenses que centra la atención en los diferentes aspectos de la vida diaria de los palestinos bajo la ocupación israelí.

El pasado mes de abril, Chabon, junto a otros escritores, incluidos Dave Eggers y Geraldine Brooks, esta última galardonada con el Premio Pulitzer, visitó las ciudades palestinas de Al-Quds (Jerusalén) y Al-Jalil (Hebrón), y las aldeas cercanas a la ciudad de Ramalá, en el norte de Cisjordania.

Más de medio millón de israelíes viven en más de 120 asentamientos ilegales construidos desde la ocupación de los territorios palestinos de Cisjordania y Al-Quds en 1967.

Estas colonias israelíes son consideradas “ilegales” por la Organización de las Naciones Unidas (ONU), la Unión Europea (UE) y gran número de países, ya que la Convención de Ginebra prohíbe construir en territorio bajo ocupación.

El pasado 22 de abril, el presidente palestino, Mahmud Abás, pidió a la comunidad internacional que presione al régimen de Israel para que este ponga fin a sus políticas expansionistas en los territorios ocupados.

Yemen, un choque de intereses entre Al Qaeda y Daesh


En la actualidad, el pueblo yemení no sufre solo del vacío de poder y la invasión saudí, también, hay otro factor muy crucial que amenaza y amenazará su vida de forma constante; el crecimiento del extremismo en su territorio y las discrepancias entre Al Qaeda y Daesh.

Desde hace décadas, Yemen es el principal bastión y la cuna de los terroristas de Al Qaeda, sin embargo, este grupo era casi irrelevante en el país árabe, y solo se dedicaba a ofrecer asesoramiento a otros grupos activos en otros países, como Afganistán y Paquistán. Tras la invasión saudí a Yemen, se crearon las condiciones para que los extremistas pudieran ampliar sus movimientos en este país. Incluso, la guerra contribuyó a la expansión de Daesh.

Transcurrido ya más de un año de la invasión a Yemen, ahora, ambos grupos están compitiendo por hacerse con el poder en las zonas importantes del país, especialmente en el sur. En el siguiente artículo repasamos su situación en Yemen, los motivos de su resurgimiento y el fortalecimiento de los extremistas y las amenazas que suponen para el país árabe.

Al Qaeda, con su capital Al Mukalla

La situación geopolítica y geoestratégica de Yemen es de suma importancia para los extremistas de Al Qaeda. El país se encuentra en el corazón del mundo islámico y tiene inmensos recursos naturales, además de estar cerca de los lugares sagrados e importantes de los musulmanes, es decir, la Meca y Medina, en Arabia Saudí. Estos factores son muy importantes para los salafistas, razón por la cual consideran a Yemen como la cuna de lo que llaman el “califato islámico”. De esta forma, Yemen siempre ha sido reconocido como un centro de reclutamiento de grupos salafíes, así como Al Qaeda. Hay que mencionar que los extremistas salafíes, tras su operación en Afgánistán contra la Unión Soviética, regresaron al país árabe y se asentaron en las provincias de Al Mukalla (sureste), Shabu, Abyan y Hadarmut.

En este contexto cabe señalar que por el caos reinante en el país árabe, los terroristas de Al Qaeda han establecido un pequeño imperio en la provincia porteña de Al Mukalla, donde han recaudado unos 100 millones de dólares de los robos a los bancos y los impuestos que cobran a los comerciantes. Ellos han ganado 1.4 millones de dólares de la compañía nacional de petróleo de Yemen. Si consideramos a Reqa como la base principal de Daesh en Siria, Al Mukalla es la capital de Al Qaeda.

Su resurgimiento es la consecuencia no planeada más sorprendente de la intervención militar encabezada por Arabia Saudita en apoyo a Yemen, que lucha contra el movimiento yemení de Ansarolá. La campaña, respaldada por Estados Unidos, ha ayudado a Al Qaeda en la Península Arábiga (AQAP) a vivir el momento más fuerte desde que apareció hace casi 20 años.

Daesh VS. Al Qaeda

Además de Al Qaeda, Daesh no ha escatimado ningún esfuerzo para aumentar su influencia en Yemen, incluso a principios de 2015 y en abril del mismo año emitió un video en el que izó su bandera en la capital yemení, Saná. De momento, este grupo terrorista está bien activo en el centro, sur y este del país árabe, se esfuerza por hacerse con el control de más partes de la provincia de Shabu y quiere establecer su sede principal en el sur de Yemen.

Respecto al aumento de la influencia de los extremistas de Daesh en Yemen hay una gran diversidad de motivos, pero los principales son el caos y la inestabilidad debido a la guerra civil y la invasión saudí, que provoca el sufrimiento de los yemeníes. De hecho, gracias a este vacío de poder y la inseguridad, Daesh ha podido fortalecer sus bases en Adén, Hadarmut y Shabu.

El segundo motivo es la capacidad de Daesh para reclutar fuerzas que lleven a cabo operaciones terroristas y ataques con bomba. Los extremistas, mediante sus instituciones, especialmente el centro del “Iman”, están ganando el terreno ante sus rivales de Al Qaeda en cuanto al reclutamiento e ingreso de jóvenes en sus filas.

El tercer motivo radica en la debilidad de Daesh en Irak y Siria. Desde agosto de 2015, los takfiríes han perdido entre un 15 y un 30 por ciento de las zonas controladas en estos dos países, por lo tanto, para detener su caída y eliminación, se están esforzando más para encontrar nuevos lugares donde llevar a delante sus objetivos, entre ellos están el Norte de África, como Libia o Túnez, y otros países de Oriente Medio.

A esta situación se le pueden sumar otros factores que contribuyeron a la presencia de Daesh en Yemen, es decir, el acceso de los terroristas a armamento avanzado, grandes recursos financieros conseguidos mediante el saqueo de bancos y los bienes de comerciantes, así como el acompañamiento de celebres figuras religiosas yemeníes.

Consecuencias del dominio del extremismo en Yemen

No obstante, el aumento de la influencia de Daesh en Yemen tiene graves consecuencias para el país más pobre del mundo árabe. El principal reto para la administración que gobierne el país es la seguridad, ya que debido a la enemistad entre los dos grupos terroristas, Al Qaeda y Daesh, la situación podría complicarse aún más, si ninguno tolera la presencia del otro en las zonas bajo su control.

Al punto de que cuando Al Qaeda estaba ganando terreno por el caos reinante en el país, Daesh publicó un video en el que lo acusaba de reconciliarse con el gobierno central y dijo que frenaría su avance en el país. Incluso se hizo con el control de una base importante de Al Qaeda en el sur. Estos hechos motivaron una mayor operación de Al Qaeda en el centro y sur.

La otra consecuencia sería la intervención de EEUU en ese país. Si la situación continúa de esta forma, Washington podría justificar su injerencia en Yemen, bajo el pretexto de luchar contra el extremismo y establecer bases militares. De materializarse este plan, EEUU podría dominar el Movimiento Popular de Ansarolá y el estratégico estrecho de Bab el Mandeb, lo que perjudicaría no solo los intereses del pueblo yemení, sino los de otros países.

Por consiguiente, hay que decir que la actual situación de Yemen solo ha contribuido al fortalecimiento de Al Qaeda y Daesh. Una situación que podría, incluso, ser aún más catastrófica si estos se unen, aunque resulta bastante imposible porque ninguno acepta el liderazgo del otro. De esta forma, para prevenir un choque entre ambos, que convierta a Yemen en otra Libia, es imperativo poner fin a la inestable situación interna y la invasión saudí.

Juegos de guerra: Guerra cibernética entre potencias por Siria


Actualmente se puede estar llevando a cabo una guerra secreta entre Rusia y aquellos poderes involucrados en la Guerra de Siria para destruir al Estado Sirio, en la dimensión cibernética de la guerra moderna, en el espacio cibernético de redes de Internet y computadoras conectadas por estas redes y medios de comunicación modernos.

En este sentido, es significativo el que delegaciones compuestas por altos funcionarios gubernamentales en seguridad cibernética de EE.UU. y Rusia se hayan reunido este jueves pasado, según se reportó, en la ciudad suiza de Ginebra para tomar medidas preventivas que eviten que ambas potencias desemboquen en una guerra cibernética, de Internet y computadoras, “por error”.

Según Sputnik Mundo, el Consejo de Seguridad de Rusia dio el siguiente comunicado sobre la reunión de Ginebra: “Durante las negociaciones del 21 y el 22 de abril las partes analizaron las perspectivas de aprobar medidas, reglas y principios de conducta responsable de los Estados en el espacio informativo, el mantenimiento de la estabilidad en él, la persecución de los crímenes en el ámbito de las tecnologías informativas y del uso de internet con objetivos terroristas. …Las partes acordaron seguir construyendo relaciones sin confrontación en el ámbito mencionado y activar de manera práctica la cooperación bilateral para luchar contra el terrorismo en el ámbito del uso de las tecnologías de la información y la comunicación”. 

Todo parecería que esta reunión de Ginebra podría normalizar las relaciones de seguridad cibernética entre EE.UU. y Rusia. Sin embargo, no habría garantía de tal si se tienen como ejemplo – o mal ejemplo – los ataques con virus cibernéticos comoStuxnet y Flame contra Irán por parte de EE.UU. e Israel. Estos ataques cibernéticos son actos de agresión contra un miembro de la Organización de Naciones Unidas (ONU) en tiempo de paz y sin declaración de guerra. Además, por los daños físicos que se alegan fueron causados por los efectos del virus informático Stuxnet y por la amplitud, número y complejidad de los ataques cibernéticos de EE.UU. e Israel contra Irán, se puede calificar la guerra cibernética estratégica que estas potencias desencadenaron contra objetivos estratégicos iraníes, como máximo como un acto de guerra y como casus belli, y como mínimo como terrorismo de estado. Tampoco Washington se limitó a atacar a Irán con un virus cibernético como Stuxnet, ataque al final fallido contra Corea del Norte que de haber sido exitoso pudo haber provocado una guerra no solo convencional en la Península de Corea, pero potencialmente también un conflicto regional involucrando armas de destrucción masiva.

Ante dichos antecedentes, una guerra cibernética ruso-americana se ve como una posibilidad en vista de la Segunda Guerra Fríaentre Rusia y EE.UU. y de la confrontación de ambas grandes potencias mundiales en Siria. Así, Moscú apoya decididamente a Damasco en la Guerra de Siria mientras que Washington y Tel Aviv, junto con Arabia Saudita y Turquía entre otros, con no menos entusiasmo apoyan a grupos terroristas radicales sunitas en Siria para derrocar su gobierno y destruir al Estado Sirio, el cual ha sido por décadas un enemigo militar de Israel que es visto por Riad y los países árabes del Golfo Pérsico como enemigo religioso.

Cabe prever que de llevar a cabo EE.UU. e Israel ataques cibernéticos estratégicos contra Siria, que Rusia reaccione de la forma y en el momento que Moscú considere adecuado y apropiado. Un ejemplo de los efectos de un ataque cibernético estratégico – o de un ataque de pulso electromagnético - podría ser la pérdida de energía eléctrica en una región e incluso en un país, como lo que le ocurrió a Siria a comienzos de marzo pasado, aunque este incidente, que afectó también a las comunicaciones de teléfonos móviles y de internet, no haya sido producto de un ataque cibernético de los estados enemigos de Siria mencionados. 

Rusia puede responder a ataques cibernéticos contra Siria con ataques cibernéticos contra los atacantes, que pueden ser ataques estratégicos como ataques de nivel operacional y tácticos. Las medidas preventivas que Rusia y EE.UU. habrían llegado en Ginebra para impedir una confrontación en el espacio cibernético las habría solicitado Washington para impedir una guerra cibernética estratégica entre ambas potencias, como la guerra cibernética que EE.UU. e Israel sometieron a Irán sin declaración de guerra y en tiempo de paz. EE.UU. temería a Rusia más que a otra potencia en este plano, y así el Comandante del Mando Cibernético de las fuerzas armadas estadounidenses, parte del Mando Estratégico de EE.UU., el Almirante Michael Rogers, reconoció recientemente ante el Congreso americano en Washington que Rusia tiene la capacidad de guerra cibernética para causar serios daños a la infraestructura de importancia estratégica de EE.UU., más aún que la China.

Sin embargo y aun con medidas preventivas acordadas en Ginebra, Rusia puede interpretar la agresión contra Siria por parte de EE.UU. y sus aliados al apoyar a grupos terroristas radicales árabes sunitas como carta blanca para responder de manera asimétrica contra bases y fuerzas de EE.UU. involucradas en desestabilizar Siria. Esto incluiría llevar a cabo ataques cibernéticos que incluirían bombas lógicas o bombas cibernéticas contra los centros de mando y control y de entrenamiento de los grupos terroristas en Siria en la base aérea americana de Incirlik en Turquía y en Jordania cerca de la capital jordana de Amán, además de llevar a cabo ataques cibernéticos contra las Fuerzas Especiales americanas que ilegalmente han invadido el norte de Siria cerca de la frontera con Turquía. En este aspecto, las dos bases aéreas que EE.UU. está operando ilegalmente en territorio sirio serían objetivos potenciales de ataques cibernéticos rusos.

Igualmente, las operaciones de guerra cibernética que EE.UU. planea ejecutar contra el grupo terrorista Daesh en Siria podrían interpretarse en Moscú como realmente preparativos americanos para desencadenar una guerra cibernética en gran escala contra el Estado Sirio, como la que han estado llevando a cabo contra Irán, bajo el pretexto de que combaten a la organización terrorista radical sunita de Daesh. Rusia podría concluir que las operaciones de guerra cibernética en gran escala de EE.UU. contra países aliados de Moscú y cerca de sus fronteras, como Irán, Siria, China y Corea del Norte, serían preparativos progresivos y entrenamientos en una guerra cibernética real y no ficticia para eventualmente desencadenar un ataque y ofensiva cibernética en gran escala contra la misma Rusia por EE.UU., Israel y sus aliados, en una especie de Operación Barbarrojacibernética que inutilizase los modernos sistemas de comunicación e información de Rusia, sus redes de computadoras, sus fuerzas militares y de seguridad, y su infraestructura de importancia crítica para paralizar al Estado Ruso.

La intención rusa sería inutilizar con ataques cibernéticos preventivos a las fuerzas militares convencionales y cibernéticas americanas operando en la periferia de Rusia y en contra de países aliados de Moscú como Siria, para hacer perder el balance a las fuerzas de EE.UU. que un día se utilizarían contra la misma Rusia y sus fuerzas desplegadas en Asia.

En el teatro de operaciones de Siria las tropas cibernéticas rusas aplicarían igualmente los objetivos básicos del Mando Cibernético de EE.UU., que serían el permitir para Rusia y sus aliados “libertad de acción en el espacio cibernético y negar la misma” a sus enemigos. Estos enemigos incluyen a las organizaciones terroristas radicales sunitas Daesh y al Frente Al Nusra de Al Qaeda. Y de la misma forma que se lo propone el Mando Cibernético de EE.UU., las fuerzas de guerra cibernética rusas atacarían sus sistemas de comunicación por correo electrónico y mensajes de texto cifrados, las operaciones de irrupción y piratería cibernética (“hacking”) y los sistemas de mando, control, comunicaciones y computadoras (C4) para limitar su capacidad para conducir operaciones. A estos objetivos se unirían operaciones cibernéticas de inteligencia para la recolección de información del adversario.

Dichos objetivos de guerra cibernética los podrían aplicar las tropas cibernéticas rusas tanto contra grupos terroristas radicales sunitas como los mencionados como contra las fuerzas americanas que ilegalmente operan en Siria y contra Siria. Un objetivo vulnerable a ataques cibernéticos sería el sistema de red de inteligencia a base de servidor y programa de computadora analítico del Ejército de EE.UU., el DCGS (Sistema de [Ejército de] Tierra Común Distribuido), que ofrece a las tropas americanas en el campo de batalla acceso a centenares de fuentes de inteligencia e información, desde inteligencia humana (por espías), inteligencia de señales, datos geoespaciales y geográficos, condiciones del clima, fuentes abiertas y cibernéticas, sistema de información de inteligencia dicho sea de paso criticado por su ineficacia.

Otro objetivo de ataques cibernéticos sería el sistema Palantir Gotham del sector privado, usado por soldados americanos como reemplazo del DCGS. Su uso por varias agencias de inteligencia y ramas de las fuerzas armadas estadounidenses las dejarían expuestas, de verse comprometida la seguridad del sistema Palantir Gotham por ataques cibernéticos contra las fuerzas americanas que lo usan en Asia, a ulteriores ataques cibernéticos más intrusivos y potencialmente más dañinos contra las agencias gubernamentales que lo emplean en EE.UU. 

En el teatro de operaciones de Siria los emisores que se podrían utilizar para llevar a cabo operaciones de guerra cibernética serían aviones tripulados de inteligencia electrónica (ELINT) e inteligencia de señales (SIGINT), aviones no tripulados, antenas emisoras terrestres de guerra electrónica e inclusive satélites espaciales.

La guerra cibernética se volverá más compleja ya que para fines del año 2017 Rusia podría desarrollar una Inteligencia Artificial (AI) llamada “Virtual Actor” con la capacidad de “elaborar planes y elegir objetivos”, buscándose que tenga “capacidad de adaptarse, estudiar, ser resistente a interferencias imprevistas”. Dicha inteligencia artificial podría ser “entrenada” en guerra cibernética como si hubiese sido instruida en movidas de juegos como el ajedrez y Go, y a ejecutarla en combinación y en equipo con soldados humanos de guerra cibernética que podrían comunicarse con la inteligencia artificial por el pensamiento para mayor interfaz de usuario en operaciones de guerra cibernética. Tal inteligencia artificial junto a tropas cibernéticas rusas operando en equipo llevaría a cabo virtuales juegos de guerra cibernética para derrotar a un enemigo en el ámbito del espacio cibernético, juegos de guerra virtuales pero con efectos reales y no de ciencia ficción contra un adversario que puede ser tanto terrorista radical sunita como israelí y americano en la Guerra de Siria.

Un ex jefe del estado mayor israelí compara a Israel con la Alemania nazi


El ex jefe del estado mayor israelí Benjamin “Benny” Gantz comparó el martes el régimen de Israel con el régimen nazi instaurado en Alemania por el antiguo dictador Adolf Hitler.

En declaraciones realizadas en una reunión con jóvenes israelíes, Gantz aseguró que los judíos vencieron a los alemanes en la Segunda Guerra Mundial (1939-1945) mediante el uso de fuerza desproporcionada, y comparó el uso de la fuerza por la Alemania nazi al que hace el régimen de Tel Aviv.

El alto militar israelí señaló también la agresión a la Franja de Gaza de 2014 como ejemplo de uso excesivo de la fuerza y afirmó que en al menos una ocasión, viendo la ofensiva brutal israelí, hasta su madre le pidió que ordenara que las fuerzas de guerra israelíes permitiesen la entrada a Gaza de comida y medicamentos.

Más de siete semanas de agresiones israelíes a Gaza en julio y agosto de 2014 dejaron al menos 2310 muertos y 11 mil heridos, en su mayoría civiles, además de que unos 100 mil palestinos perdieron sus hogares.

Un ataque aéreo llevado a cabo sobre la Franja de Gaza durante la agresión israelí en 2014.

La comparación de Gantz ha suscitado una lluvia de críticas y ataques en su contra y ha dejado molestos y enojados a varios altos funcionarios israelíes que le han exigido disculpas por equiparar al régimen de Israel con la Alemania nazi.

A su vez, algunos periodistas han recordado a Gantz que, aun si el ejército israelí comete atrocidades y hace un uso desproporcionado de la fuerza, los israelíes nunca deben comparar a las fuerzas israelíes con el Ejército nazi.

Además de criticar la mencionada comparación, varios periodistas israelíes han recordado al ex jefe del estado mayor del régimen de Tel Aviv que no fueron los judíos los que vencieron a los alemanes, hecho que, aseguran, pone en duda que Gantz siquiera tenga una idea clara de los acontecimientos históricos de la II Guerra Mundial.

Ya en octubre de 2014, Gantz generó controversia reconociendo la valentía de los combatientes del Movimiento de Resistencia Islámica Palestina (HAMAS) y señalando al mismo tiempo que en los choques del ejército israelí con los miembros de la Resistencia palestina se manifestaba que habían sido muy bien entrenados, así como la diversidad de sus tácticas.

Grupos palestinos destruyen un vehículo blindado israelí infiltrado en Gaza


La artillería israelí ha bombardeado este jueves cuatro blancos de la Resistencia Palestina en la región de Sufa, en el este de Rafah, en el sur de la Franja de Gaza.

Los medios israelíes han sostenido que los ataques israelíes tuvieron como objetivo tres posiciones militares del Movimiento de la Resistencia Islámica Palestina (HAMAS), y una del Movimiento de Yihad Islámica Palestina. Todavía no se ha reportado posibles víctimas o destrucciones provocadas por estos ataques.

La agencia palestina de noticias SAFA, ha informado que en respuesta a estos ataques los combatientes de Yihad Islámica han apuntado contra un vehículo militar israelí que entró en los territorios de Gaza, y lo destruyeron.

Previo a esto, aviones de guerra israelíes han bombardeado este jueves la ciudad de Gaza, dejando herido a tres niños y un palestino de 65 años, afirma el Ministerio de Salud de Gaza en un comunicado.

El jefe adjunto de la dirección política de HAMAS, Musa Abu Marzuq ha calificado los ataques israelíes contra Gaza, de un intento israelí de provocar nuevos incidentes sobre el terreno, a 150 metros de la frontera.

Soldados del ejército israelí en la frontera con Gaza, 4 de mayo de 2016.

El ejército israelí ha alegado que realizó estos ataques después de que HAMAS atacó tropas del cuerpo de ingenieros que están operando para detectar túneles transfronterizos.

El miércoles también en dos ocasiones, la artillería israelí y cazas israelíesbombardearon el sur de Gaza.

Tras los ataques del miércoles, el Movimiento de Yihad Islámica Palestina y HAMAS advirtieron al régimen de Israel de que no ponga a prueba la paciencia de la Resistencia palestina.

Más de siete semanas de bombardeos incesantes del régimen israelí a Gaza (entre julio y agosto de 2014) dejaron al menos 2310 muertos y 10.626 heridos, en su mayoría civiles.

Al-Asad a Putin: Siria no acepta menos que la victoria en Alepo


El presidente sirio, Bashar al-Asad, ha enfatizado que las fuerzas sirias no aceptarán otra cosa que la victoria frente a los terroristas en la ciudad de Alepo.

"Nuestro Ejército y pueblo no aceptarán menos que la derrota de esa agresión y lograr la victoria final que va por el bien de Siria, la región y el mundo", ha afirmado Al-Asad en un mensaje remitido este jueves a su homólogo ruso, Vladimir Putin, con motivo del Día de la Victoria frente al nazismo.

El mandatario sirio al comparar a Alepo con la "heroica Stalingrado", ha subrayado que" pese a la ferocidad de los enemigos y la dureza de la ofensiva, y a pesar de los sacrificios y los dolores" las fuerzas sirias se terminarán imponiendo.

Nuestro Ejército y pueblo no aceptarán menos que la derrota de esa agresión y lograr la victoria final que va por el bien de Siria, la región y el mundo", ha afirmado Bashar Al-Asad, el presidente sirio.

Según la agencia oficial siria de noticias SANA, el presidente ha expresado su gratitud a las nobles posiciones de Rusia y su ayuda al pueblo sirio para hacer frente al terrorismo.

Al-Asad ha indicado que la postura rusa es “una continuación natural de lo que se conoce sobre el pueblo ruso y su pelea en contra de la injusticia y el ataque, y su voto de confianza a las razones justas de los pueblos”.

La ciudad del norte de Siria se beneficia desde medianoche de una tregua de 48 horas después de que en los últimos días los combates entre los grupos terroristas y las fuerzas gubernamentales se intensificaran.

En los días previos a la tregua, el grupo terrorista Frente Al-Nusra (filial siria de Al-Qaeda) y sus aliados han lanzado varios ataques con cohetes contra la ciudad de Alepo, dejando víctimas mortales entre los civiles sirios.

Siria entró en el mes de marzo en el sexto año de un cruento conflicto que, según estima el enviado especial de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) para Siria, Staffan de Mistura, ha dejado más de 400.000 muertos.

‘4000 soldados occidentales desplegados en una base secreta en Oriente Medio’


Más de 4000 soldados de la llamada coalición internacional, liderada por EE.UU., se encuentran en una base secreta en el Oriente Medio.

El corresponsal de la cadena noticiera Sky News Alistair Bunkall ha revelado este jueves que pasó un tiempo en una base de alto secreto de la coalición que alega luchar contra el grupo takfirí EIIL (Daesh, en árabe). La mencionada base podría ser clave en recapturar el control de la ciudad de Mosul de Daesh, ha añadido.

"Todo lo que estoy autorizado a decir acerca de la citada base es que está situada en un lugar desconocido en el suroeste de Asia. La base alberga más de 4000 militares de la coalición, principalmente son de EE.UU., Canadá, Italia y Dinamarca. También hay seis militares británicos en la base castrense", ha afirmado Bunkall.

Todo lo que estoy autorizado a decir acerca de la citada base es que está situada en un lugar desconocido en el suroeste de Asia. La base alberga más de 4000 militares de la coalición, principalmente son de EE.UU., Canadá, Italia y Dinamarca. También hay seis militares británicos en la base castrense", ha afirmado el corresponsal de la cadena noticiera Sky News.

"En una parte de la base hay un escondite subterráneo en el cual guardan aviones de guerra y tres aviones no tripulados (drones) del Reino Unido. Más allá de este lugar se encuentra una cabina que está cubierta de tierra y se dice que es el centro del Mando y Control de estas fuerzas", ha indicado.

El corresponsal de Sky News solo reveló el nombre de uno de los militares que se encontraban en tal base, se trata de James Frampton, el comandante de las Fuerzas Aéreas británicas en Oriente Medio.

El pasado mes de marzo, la muerte de un infante de la marina de EE.UU. en un ataque perpetrado por los milicianos del EIIL reveló la posición de una base secreta estadounidense en Irak.

Anteriormente, una fuente militar iraquí informó que Washington comenzó la construcción de dos nuevas bases militares en la provincia de Al-Anbar, oeste de Irak, en un presunto esfuerzo por acentuar su lucha contra Daesh.

Ejército ruso desmina por completo la ciudad histórica de Palmira

El Ejército de Rusia ha cumplido en limpiar por completo de minas la ciudad histórica de Palmira, sita en el centro de Siria, ha informado este jueves el jefe de las tropas de ingeniería de las Fuerzas Armadas de Rusia.

"La tarea planteada por el presidente de la Federación de Rusia fue completada en su totalidad", ha señalado el teniente general Yuri Stavitski.

El objetivo de Rusia de desminar Palmira –en colaboración con las fuerzas sirias– se ha conseguido después de los logros anteriores de los expertos antiminas del Ejército ruso para desminar tanto la ciudad histórica como los caminos y las vías en sus alrededores.

La tarea planteada por el presidente de la Federación de Rusia fue completada en su totalidad", señala el jefe de las tropas de ingeniería de las Fuerzas Armadas de Rusia, el teniente general Yuri Stavitski.

El oficial, de igual manera, ha anunciado que a partir de ahora, las tropas rusas de ingeniería están preparadas para salir de Palmira, una vez que reciban “la correspondiente disposición del jefe de las Fuerzas Armadas” del país euroasiático.

En otra parte de sus declaraciones y con el fin de dar explicaciones sobre elproceso del desminado de la referida zona, Stavitski ha hecho saber que las minas encontradas "eran de fabricación estadounidense, italiana, china, producción rusa de modelos antiguos y de otros estados, cuyas marcas fueron borradas".

Palmira que desde 1980 forma parte del Patrimonio de la Humanidad de la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (Unesco, por sus siglas en inglés), había caído el 20 de mayo de 2015 en manos del grupo terrorista EIIL (Daesh en árabe) tras intensos enfrentamientos con el Ejército sirio.

Sin embargo a finales de marzo el Ejército y las fuerzas populares sirias, apoyados por la Aviación rusa lograron liberar la ciudad. Desde aquel entonces, los desplazados sirios han comenzado a regresar a sus hogares en Palmira.

Ataque a la libertad de expresión: El Gobierno turco cierra el diario opositor Zaman


El Gobierno turco se dispone a cerrar el diario opositor Zaman, después de que la policía turca se apoderara por la fuerza de sus instalaciones en marzo.

Según informó el jueves el canal CNN Turk, el cierre se produce después de que Ankara ordenara en marzo reemplazar el consejo ejecutivo y editorial de Zamanpor un comité designado por la Fiscalía de Estambul (oeste) que se encargará de gestionar el periódico hasta que se resuelva el caso.

Además, se prevé que junto al diario Zaman, se cierren también otros medios de comunicación opositores al Gobierno del presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, como Feza Media Group, la agencia de noticias Cihan y el canal Küre.tv.

En marzo, el Ministerio Público de Turquía ordenó a la policía tomar el control de varios medios, entre ellos Zaman, por supuestos vínculos entre este rotativo y el Partido de los Trabajadores del Kurdistán (PKK, en kurdo), al que Ankara considera grupo terrorista.

Una vez que el Estado se hizo cargo del rotativo, este se convirtió en tribuna del Gobierno; en su primera edición, el nuevo Zaman publicó en su portada la imagen de Erdogan.

Los opositores y críticos denunciaron la medida gubernamental como un ataque a la libertad de expresión que solo empeorará la situación en Turquía, y pidieron a los partidarios de Zaman que saliesen a las calles de Estambul y se manifestasen; sin embargo, fueron reprimidos por la policía con gases lacrimógenos, cañones de agua y balas de goma.

El Gobierno de Ankara acusa al grupo Zaman, que también posee el periódico en inglés Today's Zaman y la agencia de prensa Cihan, de estar bajo la influencia del clérigo Fethulá Gülen, exiliado en Estados Unidos y considerado enemigo político de Erdogan.

No es la primera vez que los medios de comunicación turcos son objeto de ataques del Gobierno de Ankara: el 28 de octubre de 2015, apenas días antes de las elecciones generales en Turquía, la policía de este país asaltó las sedes de los canales de televisión opositores Kanaltürk y Bugün y se hizo con el control de dichos medios.

El Gobierno de Turquía es actualmente uno de los países que peor trata a sus periodistas y medios de comunicación.

Experto: Los choques entre Frente Al-Nusra, kurdos y Ejército sirio agradan a la oposición


A algunos grupos de la oposición siria respaldados por EE.UU. les agrada la lucha frontal desatada entre el grupo terrorista Frente Al-Nusra y las fuerzas kurdas y El ejército sirio, observa el director de la Red Kurdo-Americana de Información (AKIN), Kani Xulam.

"La oposición siria no puede permitirse el lujo de alabar en público al Frente Al-Nusra, pero les encanta que luchen contra los kurdos y las fuerzas del Gobierno sirio”, afirmó el miércoles Xulam en una entrevista con Sputnik.

El Gobierno de Estados Unidos, prosiguió, trató de incluir al Frente Al-Nusra en el nuevo acuerdo de alto el fuego en Alepo (norte), pero el Gobierno ruso insistió en excluir al grupo terrorista de los diálogos.

La oposición siria no puede permitirse el lujo de alabar en público al Frente Al-Nusra, pero les encanta que luchen contra los kurdos y las fuerzas del Gobierno sirio”, afirmó el director de la Red Kurdo-Americana de Información (AKIN), Kani Xulam.

"La oposición siria que participa en los diálogos de paz en Ginebra, probablemente, está actuando como emisarios entre Al-Nusra y Estados Unidos", señaló Xulam.

En su opinión, el Frente Al-Nusra, grupo vinculado a Al-Qaeda, comparte la misma obsesión del presidente de EE.UU., Barack Obama, por derrocar al presidente sirio, Bashar al-Asad.

También cree que Lavrov acierta al estimar que los estadounidenses tratan de proteger a los insurgentes del grupo terrorista en Alepo y sus alrededores de los ataques aéreos del Ejército sirio.

Un exagente de la Agencia Central de Inteligencia de EE.UU. (CIA, en inglés) ha indicado este jueves que Washington es bien consciente de que la “oposición moderada siria” coopera con Al-Qaeda.

En una entrevista con el mismo medio ruso, el canciller ruso, Serguei Lavrov, denunció el miércoles que la “oposición moderada” está actuando como un escudo para los miembros del Frente Al-Nusra, al intentar impedir que las posiciones de dicha banda extremista sean bombardeadas.

En los últimos días, la provincia norteña siria de Alepo, sobre todo las zonas bajo control gubernamental, ha sido escenario de intensos ataques artilleros y ofensivas atribuidos por Damasco a los grupos opositores y a Al-Qaeda, con un saldo de más de 200 muertos.

Ante esta caótica situación, Moscú y Washington acordaron el miércoles extender a Alepo el alto el fuego establecido la semana pasada en Latakia (oeste) y Damasco (sur), una decisión que el Gobierno sirio afirmó respetar.

Diez villanos aliados de la Unión Europea

Dictadores, asesinos y capos de la mafia pueden ser buenos socios si resultan útiles a los intereses de las élites europeas. Repasamos la historia de diez de estos líderes, que gozan del visto bueno de la Europa comunitaria.

No corren buenos tiempos para los tan a menudo invocados "valores europeos". Mientras la Unión Europea (UE) lleva a cabo una subasta de refugiados, hay quien empieza a preguntarse si el viejo continente está empezando a olvidarse de la democracia, de la solidaridad y del respeto por los derechos humanos.

Como si la Unión Europea hubiera sido un garante de estos principios a lo largo del mundo y estuviera empezando a alejarse de ellos, el debate público trata de apelar a estos valores históricos que están en la esencia misma de la construcción europea.

Pero lo cierto es que la Europa comunitaria ha tenido históricamente latendencia a aliarse con cualquier Gobierno que pueda garantizarle un acceso al abastecimiento energético, un lugar en el que volcar su excedentaria producción agrícola y manufacturera o una oportunidad para abrir nuevos mercados.

Algunos de los socios de la Unión Europea en el escenario internacionaldejan mucho que desear. Dictadores, asesinos y capos de la mafia pueden ser buenos interlocutores si se avienen a respetar las normas del juego europeo y del libre mercado. Cualquiera puede convertirse en "uno de los nuestros" si se compromete a respetar los derechos humanos en el futuro. Sólo hace falta prometerlo.

Recordemos y descubramos algunos ejemplos de jefes de Estado que gozan del apoyo de las instituciones europeas, a pesar de no cumplir con algunos de los más elementales estándares en materia de democracia y derechos humanos.

Salman bin Abdulaziz (Arabia Saudí)


El Guardián de los Santos Lugares es, entre otras cosas, responsable de la ejecución de Nimr Baqr al-Nimr y 46 opositores chiíes en 2016.

Coronado el año pasado, el rey Salman bin Abdulaziz sigue la línea de su predecesor, su hermanastro, el rey Abdullah. Bajo la forma de unamonarquía absoluta hereditaria, gobierna un país en el que se ejecuta a homosexuales, opositores y menores de edad, en ocasiones de forma arbitraria y sumaria, y no se permite conducir a las mujeres, aunque nada de eso le valga una condena oficial de la UE.

Arabia Saudí es el principal aliado en la región y forma parte del acuerdo de cooperación de la UE con los países del Golfo. España y Reino Unido lesuministran armas con las que atacan civiles en Yemen (han muerto 6.000 hasta ahora). Los ataques saudíes, que no han golpeado ni una sola vez sobre objetivos terroristas, han dejado al 80% de la población yemení dependiente de la ayuda internacional y a Al-Qaeda fortalecida.

El Parlamento Europeo votó recientemente una resolución no vinculante de embargo de armas a Arabia Saudí, algo que no impide que España siga vendiéndole armamento. Como dijo el embajador saudí en España, hay que "mantener y fortalecer las ya excelentes y cálidas relaciones entre los dos países". El patrimonio del Estado saudí se confunde con el de su familia real en un país en el que la corrupción es endémica y sistemática.

Islam Karimov (Uzbekistán)

Las últimas elecciones uzbekas fueron en 1991. 'Ganó' Karimov, con el 90%, y es que hasta la oposición pidió el voto para él.
Uzbekistán no ha conocido otro presidente desde su independencia de la URSS en 1991. Karimov ganó las últimas elecciones con el 90% de los votos. El resto de candidatos pidió el voto para él. En su país, que la coalición internacional usó como base para atacar a Afganistán, seasesina y tortura a periodistas y opositores, se esteriliza a las mujeres y se fuerza a los niños a trabajar.

Nada de esto incomoda a las autoridades europeas: la británica British American Tobacco se hizo redactar una ley a medida para obtener el monopolio del sector a raíz de la privatización de la industria del tabaco y la española Talgo le vendió trenes por valor de 38 millones de euros.

Alemania tiene ahí una base militar y entrena al mismo ejército uzbeko, que abrió fuego sobre una protesta de la oposición matando a casi mil personas en 2005. Incó­moda por este hecho, la UE impuso unas sanciones que retiró discretamente tres años después, aun cuando nada había cambiado en el país.

La UE es el mayor inversor extranjero en Asia Central, y Uzbekistán forma parte de la ruta de la seda de la energía y posee hidrocarburos y gas. La sueca H&M compra el algodón barato recolectado por trabajo esclavo infantil, mientras que las ayudas a la cooperación de la UE van directamente a la ONG de la hija del presidente Islam Karimov, que sigue prometiendo que respetará los derechos humanos.

Nursultan Nazarbayev (Kazajistán)


El parlamento kazajo sancionó en 2007 una curiosa ley: sólo Nazarbayev puede presentarse indefinidamente a la presidencia del país.
El "querido amigo" de Jean-Claude Juncker lleva más de 25 años en el poder. Ganó las últimas elecciones –fraudulentas según la OSCE– con el 97% de los votos. A pesar de las denuncias de que en Kazajistán se persigue, encarcela y tortura a periodistas y opositores, el Gobierno del PP intentó entregar a uno de ellos, Ale­xandr Pavlov, al presidente Na­zar­ba­yev, rechazando las peticiones de asilo. En febrero de 2015, el Tribunal Supremo español finalmente le concedió el asilo.

La economía kazaja se basa en la exportación de gas y petróleo a Estados Unidos, Rusia y la UE. La corrupción y la violación de derechos laborales en la industria extractiva es una constante en Kazajistán. El Parlamento Europeo lleva años pidiendo garantías para los derechos humanos y la democracia, pero Nazarbayev responde con leyes que atacan a las libertades.

Kazajistán contó con la asesoría de Tony Blair Associates por 17 millones de dólares. También con el apoyo del expresidente de la Comi­sión Europea Romano Prodi, del ex comisario europeo Marce­lino Oreja y del excanciller alemán Gerhard Schroeder, entre otros.

El Gobierno kazajo usa la Interpol para perseguir y arrestar a sus opositores en Europa mientras eurodiputados preguntan a la Comi­sión si las autoridades europeas son conscientes de ello.


Mohammed VI (Marruecos) 

Los inmensos activos económicos de Mohammed VI y Siger, su holding personal, llegan a todos los sectores de la economía.
A pesar de haber realizado reformas en 2011 en un intento por esquivar los efectos de la Primavera Árabe, el poder en Marruecos sigue en manos de la Casa Real y su entorno. La UE avala –aunque oficialmente se manifieste en contra–, la ocupación ilegal de los territorios del Sáhara Occi­dental por parte de Marruecos, mientras pesqueros –mayoritariamente españoles– operan en las costas saharauis en virtud de un acuerdo europeo con Marruecos, previo pago de 40 millones de euros.

Empresas británicas y francesas exploran esas mismas costas en busca de petróleo y gas con la complicidad marroquí. En Marruecos, cuya Constitución prohíbe discutir la política territorial del Gobierno, se condena a cadena perpetua a los saharauis independentistas y se encarcela a los homosexuales.

La protesta pacífica de Egdeim Izik en 2010 se saldó con varios muertos a manos de la policía marroquí y centenares de detenidos. La represión y la tortura siguen a la orden del día en la zona ocupada del Sahara Occidental, mientras que cerca de 90.000 refugiados viven desde hace 40 años en campamentos en pleno desierto en territorio cedido por Argelia.

Además de la explotación de los territorios ocupados, el papel de Marruecos en el control de la migración y del terrorismo islámico explican la complicidad de la UE con el Gobierno de Mohammed VI.

Hashim Thaçi (Kosovo)

'Pez gordo' de la mafia y del tráfico de heroína, armas y órganos humanos, fue primer ministro de 2008 a 2014. Es el actual presidente.

El exlíder guerrillero, apodado 'Serpiente' durante el conflicto con Serbia, es ahora presidente del país. Lideró el Ejército de Liberación de Kosovo, organización que combatió junto a muyahidines contra las fuerzas yugoslavas con el apoyo de la OTAN. Como primer ministro, declaró la independencia kosovar de Serbia en 2008.

Investigaciones de la OTAN y del Consejo de Europa lo consideran un 'pez gordo' del tráfico de heroína en los Balcanes y un hombre clave de la mafia albanesa. También se le atribuyen crímenes de guerra perpetrados durante y después del conflicto.

Para completar su catálogo de virtudes, el hombre al que Federica Mogherini, responsable de política exterior de la UE, felicitó la semana pasada por su elección, fue también responsable del tráfico de órganos extraídos de prisioneros serbios.

El pasado 1 de abril entró en vigor el acuerdo de asociación y estabilización entre la UE y Kosovo, con el objetivo de liberalizar la economía kosovar, y asegurar "el compromiso de las partes de respetar los derechos humanos, incluidos los derechos de las personas que pertenecen a minorías y a grupos vulnerables".

Sin embargo, serbios y gitanos fueron perseguidos y asesinados por el grupo armado de Hashim Thaçi. Actualmente la minoría serbia vive segregada en Kosovo.

Paul Biya (Camerún)


Gobierna el país desde 1983. En 1992 aceptó elecciones pluripartidistas. No ganó, pero el Tribunal Supremo le declaró presidente.
El dictador de Camerún lleva más de 30 años en el poder. Es presidente desde 1982 de un país que, durante la independencia, vio cómo Ruben Um Nyobé, el líder sindicalista anticolonial, era asesinado. Su heredero político, Felix Moumié, también fue asesinado en 1960 por encargo de los servicios secretos franceses.

Durante esos años nacería el concepto de Fran­çafrique, la doctrina según la cual las excolonias francesas se mantienen bajo la órbita de París. Fruto de ellos es la moneda común de 14 países, el Franco CFA, cuyo banco central se encuentra en Francia.

Las exportaciones de petróleo, café y cacao son las que permiten la entrada de divisas en las arcas camerunesas. Con una fortuna de 200 millones de dólares, Biya –el 'presidente ausente', tal como le llaman– es elhombre más rico de Camerún y pasa largas temporadas fuera del país: en sus vacaciones de 2011 gastó 40.000 euros en hoteles de lujo franceses.

En su país, la renta per cápita anual no llega a los 1.500 euros y el 40% es pobre. Pero los premios nunca cesan para Paul Biya: apareció en la revista People with Money como el presidente que más cobra del mundo, ha sido condecorado con la Gran Cruz de la Legión de Honor en Francia y es doctor honoris causa de la Universidad de Maryland en Estados Unidos.

Alí Bongo (Gabón)

Ser el hijo de Omar Bongo, el gobernante más longevo en el cargo de África (1967-2009) le puso las cosas fáciles a Alí para continuar la tarea.
Hay pobres que no heredan nada –la mayoría–, personas más pudientes que heredan una casa o un coche, y luego están los elegidos –la categoría de Ali Bongo– que heredan países.

Alí es el hijo de Omar Bongo, quien durante medio siglo gobernó el Gabón independiente, al menos en teoría. Omar tuvo siempre a los franceses de su lado: le rescataron de un secuestro en 1964 y le ayudaron a vencer a los movimientos en favor de la democracia en los 90.

El padre murió en una clínica de Barcelona en 2009, pero su estilo de gobierno se mantuvo con su hijo Alí: repartió la riqueza del país entre los ejecutivos de la petrolera francesa Elf y una pequeña élite que animaba la vida de los restaurantes de lujos y los hoteles de Libreville, la capital del país. Gabón, mientras tanto, no vivía demasiados cambios.

Alí Bongo lleva prometiendo reformas desde que llegó y eso le ha permitido ser recibido en la Casa Blanca por Barack Obama. El pasado agosto dijo que compartiría la riqueza de su padre con los jóvenes gaboneses, pero el presidente sigue sin responder cuál es el origen de esa riqueza.

Cuando murió Omar, Nicolas Sarkozy viajó a Gabón para asistir al funeral. El expresidente francés fue abucheado por los gaboneses. Los medios locales, sin embargo, explicaron que fue recibido entre aplausos. Todo en orden.

Fauré Gnassingbe (Togo)


Fauré Gnassingbé ocupó la presidencia en 2005 tras un golpe de estado. Sucedió a su padre, quien gobernó el país de 1967 a 2005.
El amor de Omar Bongo por su hijo sólo es comparable a lo vivido en Togo. Allí gobierna Fauré Gnassin­g­bé después de heredar el poder de su padre, Gnassingbé Eya­dema, dictador desde 1967 hasta su muerte en 2005, en una sucesión calificada por la Unidad Africana, la ONU y la UE como ungolpe de Estado.

El anticomunismo de Gnassingbé Eya­dema le permitió ser referente de otros dictadores del continente, como Mobutu Sese Seko en el Zaire. Su país, rico en fosfatos, cacao y algodón, quedó arruinado, al igual que otros productores africanos de algodón, por las políticas proteccionistas europeas. Los países de la UE, sin embargo, hacen buenos negocios en Togo.

El expresidente español José Luis Rodríguez Zapa­te­ro visitó el país en 2009. En ese momento, la empresa española Progosa se jugaba la concesión del puerto de Lomé, la capital del país.

Otro viaje, en este caso de Sarkozy, fue más fructífero: la compañía de Vincent Bolloré, empresario francés muy cercano al expresidente, consiguió adjudicarse la obra del puerto pese a las protestas de Progosa, que llevaba años denunciando la desestabilización por parte de los franceses.

En 2015, la UE dio el visto bueno a unas elecciones rodeadas de irregularidades. La dinastía de Gnassingbe Eyadema sigue teniendo el país bajo control.

Denis Sassou Nguesso (Congo-Brazzaville)

Sassou sabe cuidar a la familia. Su hijo tiene a su nombre la sociedad con el derecho exclusivo de exportación de petróleo del país.
El político más pragmático de la lista. Denis Sassou Nguesso fue escalando en el Partido del Trabajo del Congo, partido único del Congo comunista, hasta conquistar la presidencia entre 1979-1992. La retórica marxista convivía con el hecho de que Elf explotara el petróleo del país.

Cuando acabó la Guerra Fría, Euro­pa exigió planes de "democratización" a las dictaduras africanas. La mayoría se resolvieron con elecciones que mantuvieron a los sátrapas en el poder, pero Congo-Brazzaville fue de las pocas excepciones. Sassou Nguesso quedó tercero con el 17% de los votos.

Tras cinco años en la oposición, recuperó el poder con una guerra que duró cuatro meses. En el bando de Nguesso estaban, entre otros, los interhamwe ruandeses, que venían de cometer el genocidio en su país, y el ejército angoleño.

Con la guerra ganada y con la fachada marxista ya en la basura, Sassou Nguesso ha acumulado millones y propiedades en Europa.

Hace un año, Le Mon­de destapó que una sociedad en Ginebra, a nombre del hijo del presidente, tenía el derecho exclusivo de exportación del petróleo congoleño. Su hijo, Denis-Christel, no descarta heredar el país: "Tengo los mismos derechos que los demás congoleños. No debe ser considerado como un acto ilegítimo que me presente".

Paul Kagame (Ruanda)


El cargo de presidente, que ocupa desde hace 20 años, le ha salvado de ser juzgado por delitos de genocidio y crímenes de lesa humanidad.
Paul Kagame, el hombre que gobierna de facto el país desde hace más de 20 años, no para de recibir elogios. Descrito como "uno de los mejores líderes africanos de nuestro tiempo" (Bill Clinton) o como "un visionario" (Tony Blair), ha sido laureado hasta por Starbucks.

Sin embargo, Kaga­me tiene a la única mujer que podría disputarle la presidencia, Victoire Ingabire, en la cárcel desde 2010.

El postgenocidio de Ruanda, con miles de hutus huyendo al Congo, acabó con Kagame inmiscuyéndose de forma continuada en el este del Congo, una de las zonas más ricas en minerales del planeta.

Las milicias apoyadas por Ruanda saquearon, violaron y asesinaron a miles de personas ante el silencio de la comunidad internacional. Susan Rice, responsable de asuntos africanos en Washington llegó a decir: "Kagame sabe cómo resolver el asunto de los refugiados, lo único que tenemos que hacer es mirar hacia otra parte".

Desde 1996 han muerto seis millones de personas en Congo. Tras varios informes de la ONU acusando a multinacionales occidentales de cooperar en la financiación de los rebeldes, Occidente ha empezado a mover ficha y denunciar verbalmente los excesos de Kagame.

Sin embargo, el pasado 8 de mayo, un representante de la UE en visita oficial a Ruanda destacó el rol que el país había jugado en "la estabilización de la región".